Já foi “espião” e agora pode comandar o Grêmio
Os torcedores mais novos podem até estranhar a procura do Grêmio por Cleber Xavier, mas só quem viveu o início dos anos 2000 sabe que esse nome foi fundamental para uma das grandes conquistas nacionais do clube gaúcho. Não à toa, o profissional está sendo sondado pela diretoria tricolor, principalmente depois da negativa de Pedro Caixinha, que estava praticamente acertado.
Isso, porque Cleber foi auxiliar ‘ homem de confiança’ do técnico Tite entre 2001 e 2003, e foi o responsável por espionar o Corinthians de Vanderlei Luxemburgo antes da grande final da Copa do Brasil daquele ano. O episódio, é claro, marcou a carreira do profissional, que classificou o ato como ‘um dos detalhes’ responsáveis por garantir o título ao Imortal.
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“No primeiro jogo o Corinthians foi bem melhor que a gente. Daquela vez o André Luiz atuou de volante e foi o ponto de desequilíbrio tático, e ele não estaria na partida seguinte. E a gente queria saber quem jogaria para trabalhar em cima disso”, disse Cleber Xavier. O Grêmio empatou o confronto de ida em 2 a 2, jogando em casa, e viajaria para São Paulo no duelo decisivo.
Para isso, o profissional ficou escondido em um canto da arquibancada do Parque São Jorge, onde o Corinthians treinava. Seu disfarce, contudo, não durou muito tempo – por culpa de um jornalista colorado -, com o auxiliar sendo identificado por membros do clube paulista e retirado das dependências por seguranças alvinegros. No final, contudo, deu certo e o Grêmio foi campeão.
“Estava terminando o treino. Eu estava separado porque conhecia o Scheidt e o Paulo Nunes, que estavam no Corinthians, e não queria que eles me vissem. Eu já estava indo embora, aí um repórter lá do Sul, que era colorado, resolveu fazer um boletim alto para que os caras ouvissem e me tirassem de lá, que foi o que aconteceu”, acrescentou Xavier.